Entender o comportamento do consumidor, suas preferências, sentimentos e motivações de compra deve ser uma das habilidades dos profissionais de marketing. Existem algumas técnicas para isso, as chamadas pesquisas qualitativas e quantitativas. A qualitativa serve para adquirir um insight inicial e compreender determinado problema, e a quantitativa vem para medir numericamente as hipóteses levantadas sobre esse problema.
Segundo um estudo publicado na revista HSM Management (jan/fev 2010) sobre o Dossiê do Consumidor 3.0, as pesquisas tradicionais são cada vez mais substituídas por técnicas que decodificam imagens, ligadas à neurociência e à antropologia, já que é possível levantar as respostas do consumidor com maior precisão.
Outra informação relevante nesse estudo foi a descoberta de que as decisões de escolhas dos consumidores são baseadas, sobretudo, em uma resposta emocional, e não intelectual, em regra inconsciente. Martin Lindstrom, autor do livro “A Lógica do Consumo: Verdades e Mentiras Sobre Por Que Compramos”, afirma que 85% das decisões são tomadas na zona inconsciente do cérebro.
Baseado no contexto em que a maioria das decisões são tomadas na zona inconsciente do cérebro, existe uma área da filosofia chamada intuição, que estuda essa parte do cérebro, a zona inconsciente. Na revista Superinteressante de março de 2010, uma matéria sobre o poder da intuição relatou que as melhores decisões dos consumidores são motivadas pela intuição. Nalini Ambady, da Universidade de Tufts, complementa afirmando que apenas 2 segundos são o suficiente para que a intuição de uma pessoa seja capaz de tomar decisões.
Sabe-se que, compreendendo as reais necessidades dos consumidores, os profissionais de marketing/comunicação conseguirão fazer campanhas mais direcionadas e de maior sucesso; então, mapeando a zona inconsciente do cérebro do ser
humano será possível falar o que realmente o consumidor deseja escutar, com máxima precisão. Sensacional!
Atualmente, existem 3 tipos de intuição:
Uma é saber aquilo que a outra pessoa está sentindo, ou seja, a capacidade de ler a mente das pessoas. Outro tipo de intuição é a
baseada na experiência, o ser humano pratica muito determinada situação que não precisa mais pensar nela para fazer. E, por fim, temos a intuição da capacidade de prever o futuro.
Nesse sentido, através da ferramenta de palavras-chave, Insights para Pesquisa ou Trends, todas do Google, as nuvens de tags referentes aos assuntos mais buscados em portais como Globo.com, ou os produtos mais desejados no Submarino, ou a própria busca dentro dos WebSites, consegue-se aplicar a intuição no meio digital. Ou seja, através desses mecanismos é possível descobrir desejos, sentimentos e necessidades dos consumidores e até mesmo prever o futuro.
Como assim? Hoje, a busca faz parte do comportamento do ser humano, 80% das pessoas que acessam a internet no Brasil usam o Google para fazer pesquisa, ou seja, o usuário pensou, “googlou”. Ou alguém consegue ficar um dia sem fazer uma pesquisa no Google? Então, através desses mecanismos, conseguimos entrar na mente do nosso consumidor, desvendando seus pensamentos e desejos. Além disso, através de técnicas de data mining (mineração de dados) e, também, do próprio Insights para pesquisas, consegue-se ter uma previsão futura do interesse do consumidor por determinado produto/marca.
Dessa forma, a internet veio para facilitar a vida das pessoas e, também, dos profissionais que precisam da informação para a tomada de decisões. Estamos vivenciando a era da informação, mas de nada adianta tê-las, senão soubermos utilizá-las em nossa vida ou em nosso negócio. Você tem todas as cartas na mesa. Resta saber o que vai fazer com elas.
FONTE: http://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/prevendo-a-necessidade-futura-do-consumidor-atraves-da-busca/